
Este chão, ainda não varrido,
coberto com fios do meu cabelo.
Os móveis, com uma camada clara
da porção da minha pele que virou poeira.
Meu travesseiro, meu colchão,
impregnados de tudo o que meu subconsciente,
quando adormeço,
acha insensato reprimir.
A cada metro quadrado,
mil resíduos de mim.
Como é que ainda existo?
Como ainda não me desfiz?

12 Comentários
Lari, que coisa linda! ♡
ResponderExcluirQuando vai publicar um livro com teus textos e poesias?
Pois eu quero muito um exemplar ☺
Este me fez lembrar uma frase que sempre digo:
"será que eu existo ou insisto?"
♡
Ah, que comentário mais lindo ♥ Mas ó, do jeito que sou enrolada e indecisa, esse livro só vai sair daqui a uns dez anos, viu... Haha! Beijos!
ExcluirMeu pó é ti, ó poetisa.
ResponderExcluirGK
Seus poemas, sempre incríveis.
Excluir"Como ainda não me desfiz?" também me faço essa de vez em sempre, de vez em nunca...
ResponderExcluirBela reflexão, Lari!!
Obrigada, môre :)
ExcluirEu compraria um livro seu só por esse poema <3
ResponderExcluir<3 <3 <3
Excluirque amor <3
ResponderExcluirMuito obrigada!
ExcluirTive que comentar! Admiro sua facilidade com poemas, eles fluem como se fosse normal falar assim... Confesso que me identifiquei um pouco também! (não posso deixar o Anderson ler isso rs)
ResponderExcluirObrigada, Wal! Fiquei muito feliz por você ter se identificado, mas concordo: não deixemos o Anderson ficar sabendo, haha!
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