As coisas que caem do quarto de cima
atravessam o teto
perfuram-me o peito
e se cravam profundas
neste adro de hojes
cheio de ontens-e-amanhãs fantasmas
que se espantam com os projéteis
tombando entre as lápides
com os projéteis fazendo um estrago danado
ao assombro que causavam
neste corpo cansado
que se assusta com os fantasmas
e mais ainda
com o que é derrubado
no quarto de cima.
8 Comentários
A vida é um cemitério de ontens, em cuja floricultura à porta freqüentemente gastamos fortunas.
ResponderExcluirGK
Inúteis fortunas!
Excluirme fez sentir algo que não consigo descrever ❤
ResponderExcluirps: salvei nos favoritos
Ah, que linda ❤ Obrigada, Gabi!
ExcluirEntre todas as dimensões o alcance da tua voz poética sempre me parece instintiva, o que faz dela a bela de sempre.
ResponderExcluirAbraço e uma linda semana pra você.
Obrigadíssima!
ExcluirAbraços e uma semana maravilhosa pra ti!
Larrissa,
ResponderExcluirAdmiro muito tua escrita poética, flui naturalmente quanto teus contos.
Sempre dá vontade de tentar escrever um poema também. Excelente inspiração!
Obrigado pela última visita e espero que o feriado lhe traga as melhores inspirações.
Abração
Muito, muito obrigada, Dave! Tente sim: tenho certeza de ficarão incríveis 😉
ExcluirAbraços e ótima semana para você!