Tenho caminhado rápido
e a desviar de buracos
que me surgiram no peito
e dos quais emergem gritos
de almas em agonia
Eu nem sabia que as almas
podiam gritar tão alto
e muito menos que um corpo
pudesse ter tantas almas
Tampouco sabia que o corpo
continha tantos infernos
Onde é que habitam os céus
e as almas que se salvaram?
As almas de lá não gritam
por isso não as encontro?
E onde me encontro eu?
Talvez eu deva gritar
mais alto que todas as almas
a ver se me tenho pista
a ver se me dou na vista
no meio do meu caminho...
Talvez eu deva gritar
mais alto que todas as almas
a ver se elas se calam
a ver se elas se juntam
e voltem, uma a uma,
a compor a minha alma
a qual eu pretendo calma
a qual eu pretendo una.
6 Comentários
É pequeno o universo ante o tão vasto em nós imerso.
ResponderExcluirGK
O universo é uma boneca russa infinita!
ExcluirExcelente poema, Lari <3
ResponderExcluirDe certa maneira, pra mim, pareceu-me a hora perfeita para lê-lo agora.
Abraços!
Muito obrigada, Bia!
ExcluirQue bom que meus versos te alcançaram em hora oportuna!
Abraços e uma ótima quarta-feira para você ♡
o que eu aprendi na tua poesia é que ela se sustenta em si mesma, e é a tua cara que me ensina a ser humilde, porque tu é grande como o meu irmão, que não faz poesia mas tem essa grandeza, que sem saber o mundo nas redondezas respiras, e é bom ...
ResponderExcluirte amo, tu me faz bem
Muito obrigada mesmo! Pelo comentário, pela presença, por toda a poesia ♡
ExcluirAbraço enorme, Ney!