“Então é Natal, o que você fez?”
(Luzinhas piscando em alerta
o quê - o quê - o quê.)
Sorrio semi-sem-graça
porque fiz poemas,
muitos poemas,
mas não se respondem "poemas"
a uma pergunta como essa
e na pressa
de sumir cena
quase passo,
com covardia,
o peso sobre meus ombros
ao mais novo da família
− com outra pergunta,
e ainda mais daninha:
“E as namoradinhas?”