Abrir janelas
como quem se afasta de um sonho
que predizia um amor-morrendo.
Respirar um ar menos moribundo,
livrar-se do peso de ter memórias,
abrir os olhos mais que as janelas.
Revisitar a alcova
do tempo em que se diziam “alcovas”:
morria um amor dentro de mim
como quando as mortes
eram familiares;
reuniram-se dentro de mim
perplexidades várias
e todas enlutadas
e apertadas no mesmo espaço
e as carpideiras
choravam tão alto
que palavras finais,
se houve,
não foram ouvidas.
E olvidaram-se
à primeira brisa.
8 Comentários
O tempo flui. O templo rui.
ResponderExcluirGK
E nós que lidemos com as ruínas...!
Excluir''livrar-se do peso de ter memórias,
ResponderExcluirabrir os olhos mais que as janelas.''
Ainda presa nesses versos e refletindo sobre! Sua palavras que me comovem de um jeito... ♡♡
Obrigada, Lídia queridíssima ♡♡ Sempre uma honra ser lida por você!
ExcluirLari, você é muito maravilhosa, falando sobre amor, falando sobre perdas... amo muito tudo que você escreve. <3
ResponderExcluirPenso o mesmo de você e do seu trabalho, Camila ♡♡♡
ExcluirMuito obrigada mesmo!
Abraço enorme pra ti ♡
Belo texto! Adorei!
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Muito obrigada ♡♡
Excluir